West Ham só aceita venda, e Flamengo se cerca de cuidados jurídicos por Lucas Paquetá

Clube inglês é taxativo ao impor condição para negociação, e cariocas têm em mãos relatório com próximos passos de investigação por manipulação de apostas

A condição está na mesa: o West Ham só aceita negociar Lucas Paquetá se for de maneira definitiva. O Flamengo sabe disso e se cerca de cuidados jurídicos que justifiquem o investimento para trazer de volta para casa o meia da seleção brasileira.

O risco é inerente à operação. Está claro para o Flamengo que em condições normais de mercado não haveria nenhuma possibilidade de repatriar Lucas Paquetá a esta altura da carreira. Há dois anos, o West Ham investiu mais de 60 milhões de euros no jogador e o valor estimado antes da acusação de envolvimento em apostas girava perto dos 100 milhões de euros.

Neste cenário, os ingleses são taxativos: aceitam, sim, negociar, mas sequer sentam na mesa para discutir empréstimo. Diante do risco de uma grave punição por parte da Federação Inglesa, o West Ham entende que recuperar ao menos parte do valor investido é a única alternativa que lhe resta.

Em negociação há cerca de um mês, o Flamengo sabe há, no mínimo, três semanas que uma cessão temporária com compra condicionada ao julgamento é rechaçada pelo clube de Londres. A partir daí, foi atrás de fundamentos para avaliar o investimento para a compra definitiva.

Internamente há uma estimativa de que o veredito da investigação não sairá em um período breve e há recursos suficientes para mantê-lo em atividade mesmo em caso de sanção.

O Flamengo acionou o escritório de advocacia Bichara e Motta, especialista em FIFA, para consultoria com o intuito de entender o desenrolar jurídico caso Paquetá seja punido. O parecer é de que há recursos que poderiam manter o atleta em atividade e até mesmo tentar manter a sanção apenas para dentro da Inglaterra.

De maneira didática, a partir do momento que for dado o veredito, Lucas Paquetá poderá recorrer na própria Federação Inglesa e em um segundo momento na Corte Arbitral do Esporte (CAS). Neste cenário, enquanto a pena estiver vinculada ao futebol inglês, o meia poderia seguir em atividade no Brasil.

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